Depois de dois meses de debate, os alunos mostram suas ideias e projetos para acabar com a discriminação e violência na escola
Eu vou começar
A te falar sobre o lance meu irmão
Do bullying,
é discriminiação
A te falar sobre o lance meu irmão
Do bullying,
é discriminiação
Esse lance não vem coração
É coisa de doidão
Quando um valentão todo forte, tem fama de gostosão
Mas que é um manezão.
É coisa de doidão
Quando um valentão todo forte, tem fama de gostosão
Mas que é um manezão.
As estrofes acima fazem parte de um dos raps contra o bullying apresentado na última terça-feira, dia 09, na Escola Ceca. O trabalho faz parte do projeto “ Todos contra o Bullying” que vem sendo realizado pela escola há dois meses.
A coordenadora do projeto professora Gemima Pasqualinotto conta que foram realizadas várias atividades com alunos de 5ª a 8ª séries envolvendo as disciplinas de língua portuguesa, filosofia e história. “ Os professores incluíram nos conteúdos pedagógicos o debate sobre o tema que foi bem aceito por todos”, disse a professora.
Ainda conforme ela, os grupos acabaram definindo várias linguagens para discutir o assunto. “ A turma da 5ª série optou por uma aula deliberativa, onde todos puderam fazer propostas sobre as formas de reflexão sobre o tema. No final, eles votaram pela proposta que prevê a confecção de pulseiras coloridas que vão aproximar os alunos que não se conhecem” explicou.
A ideia, segundo a professora é que a cada dia, os alunos usem pulseiras de cor diferente e na hora o intervalo possam se comunicar com aqueles que usam a mesma cor. “ Eles optaram por esta estratégia depois de perceberam que normalmente bullying ocorre porque não se conhecem”, disse.
Já o alunos da 7ª série optaram ir para o calçadão da cidade, entrevistar as pessoas sobre os que elas pensam sobre o bullying. No final, eles editaram um documentário em vídeo mostrando a experiência. “ Achei muito legal sair da sala de aula e fazer as entrevistas. Percebi que o bullying também acontece fora da escola. Está em todos os lugares”, relatou o aluno Renato Barzon.
Outro grupo de alunos da 7ª série optou em realizar dois comercias mostrando cenas de violência dentro do espaço escolar. Todavia os raps com letras relativas ao tema tomou conta do evento assistido pelos pais, demais alunos e professores.
“Achei fantástico o trabalho das crianças. É muito importante debater este tema. Temos de começar de alguma forma porque é difícil acabar com a prática, mas temos de falar e discutir, tanto na escola como em casa”, declarou Maria Tereza Devides, mãe da aluna Maria Isabel, da 7ª série.
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